Paraty

A cidade de Paraty foi o segundo porto mais importante do país durante o ciclo do ouro, no qual teve intensa participação, além de ser rota para o tráfico de escravos e para o transporte do café.
Mais tarde ganhou fama, que mantem até hoje, pela produção de aguardente, sabendo-se da existência de 150 destilarias em 1820.
Hoje em dia Paraty é o segundo pólo turístico do Estado do Rio de Janeiro e o décimo sétimo do Brasil.

De acordo com os registros, a cidade de Paraty foi pisada pela primeira vez por navegantes europeus durante a passagem da expedição de Martim Correia de Sá em 1597.

Em 1660 conseguiu a independência de Angra dos Reis, em 28 de Fevereiro de 1667 foi fundada a 'Vila de Nossa Senhora dos Remédios de Paraty" e em 1844 foi elevada à categoria de cidade por decreto de D. Pedro II, imperador do Brasil.

Seus primeiros habitantes foram os índios Guaianás, seguidos dos Tupinambás e por último os Guaranis, que migraram do Sul do Brasil à localidades como Paraty-Mirim e Araponga na década de 1980.

Quando se descobriu ouro em Minas Gerais, aproximadamente em 1693, foi aberto o "Caminho do Ouro", sobre a trilha que era utilizada pelos índios Guaianás antes da ocupação da cidade, fazendo com que a mesma cobrasse relevância a partir de 1702, já que era a única rota para o trânsito de ouro entre o Rio de Janeiro e Minas Gerais.
Com a abertura do "Caminho Novo", que ligava o Rio de Janeiro diretamente à Minas Gerais e a proibição de transporte de ouro pelo "Caminho do Ouro" em 1710, a cidade caiu em decadência.

Paraty também teve uma importância fundamental no tráfico de escravos, já que, após a proibição ao tráfico decretada pelo Padre Diogo Antônio Feijó, o desembarque de africanos no século XIX passa a ser feito em Paraty, de onde seguem para o interior pelo "Caminho do Ouro".

O "Caminho do Ouro" também era a única via utilizada para a distribuição do café produzido no Vale do Paraíba, por isso em 1864 a cidade se vê novamente afetada, quando a "Estrada de Ferro Central do Brasil" chegou até Barra do Piraí, fazendo com que a produção passasse a ser transportada pela mesma. 

Felizmente a estrada Paraty-Cunha foi reaberta em 1954, facilitando o acesso à cidade e dando início à uma nova etapa na história da mesma com o ingresso dos turistas, que se incrementou em 1973, com a abertura da Rodovia Rio-Santos.

Atualmente a cidade é candidata a se unir às cidades de Ouro Preto, Olinda e Salvador, entre outras, como Patrimônio Histórico da Humanidade pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Cultura, Ciência e Educação), faltando concluir as obras de saneamento básico, que têm previsão de início para 2014.